Os programas de monitorização ambiental, realizados continuamente desde um ano antes da entrada em funcionamento da Central, são os seguintes:
Ao longo dos últimos quase 20 anos de recolha e análise de dados aos parâmetros ambientais da região envolvente da Central, em estudos conduzidos, sempre que possível, por entidades independentes, os resultados são positivos e consistentes: a atividade da Central não revela impactes negativos na qualidade ambiental da envolvente.
Conheça aqui o relatório síntese de todos os programas ambientais desenvolvidos na envolvente da CVE.
Âmbito
Monitorização contínua da qualidade do ar na envolvente da Central de Valorização Energética (CVE).
Entidade Responsável
Valorsul, S.A.
Local de Medição
Estações de monitorização localizadas em Santa Iria da Azóia, São João da Talha, Bobadela e Póvoa de Santa Iria.
Conclusões Gerais
Os valores obtidos na monitorização efetuada encontram-se bastante abaixo dos valores limite, considerando a legislação em vigor.
Âmbito
Medição no ar ambiente de poluentes atmosféricos, que não são medidos em contínuo na rede de vigilância da qualidade do ar (ex. metais pesados e dioxinas). A partir de 2003 inclui estudos de dispersão a fim de avaliar a influência da CVE como fonte emissora.
Entidade Responsável
Instituto do Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Aveiro
Locais de Medição
São João da Talha
Conclusões Gerais
A análise da população afetada por concentrações provenientes da CVE permitiu concluir que a população residente na zona em estudo está sujeita a concentrações muito baixas de poluentes, não induzindo qualquer risco para a saúde humana. Os estudos têm confirmado o reduzido impacte da unidade sobre a qualidade do ar na sua envolvente.
Nota: A monitorização da qualidade do ar em descontínuo, teve em 2014 uma revisão significativa do seu conteúdo, levando a uma nova contratação, não existindo relatório de atividade em 2014.
Âmbito
Relatório mensal relativo às emissões atmosféricas provenientes da Central de Valorização Energética (CVE).
Entidade Responsável
VALORSUL - Direção Técnica (DT)
Local de Medição
CVE
Conclusões Gerais
Durante o ano 2023 não se verificou nenhum incumprimento dos valores limite de emissão (VLE) das médias diárias.
Âmbito
Caracterização do ruído na envolvente da CVE tendo por base os parâmetros definidos a nível regulamentar. Através da avaliação acústica de atividades ruidosas permanentes, existentes na envolvente das suas instalações, em conformidade com as Normas ISO 1996 (2003) e NP 1730, Partes 1 e 2 (1996) e o Regulamento Geral do Ruído (D.L. 9/2007), procede-se à verificação do cumprimento do critério de incomodidade e dos valores limite de exposição.
Entidade Responsável
ASA - Ailton Santos e Associados, Lda.
Conclusões Gerais
Os níveis de pressão sonora determinados nas zonas habitacionais próximas da CVE, cumprem o critério de incomodidade e os valores limite de exposição previstos no Regulamento Geral de Ruído em vigor.
Nota: A monitorização periódica de Ruído deixou de ter frequência definida de acordo com carta da APA, ref.ª So4126-201401-DGLA.DEI, de 18 de Fevereiro de 2014. Considera-se necessária a monitorização se forem registadas reclamações ou se ocorrerem alterações na instalação que possam ter interferência com os níveis sonoros anteriormente existentes.
Âmbito
A Monitorização envolve várias vertentes, desde a avaliação do impacto do Circuito da Água de Refrigeração (CAR) até à qualidade das águas e dos sedimentos.
Entidade Responsável
Instituto Hidrográfico da Marinha
Conclusões Gerais
As descargas do circuito de arrefecimento da CVE, no estuário do Tejo, não perturbam o meio receptor, encontrando-se os valores determinados significativamente abaixo dos valores previstos na licença de descarga de água no rio.
Os parâmetros analisados encontram-se dentro da gama de valores característica de zonas estuarinas. Na estação de monitorização localizada na vala de drenagem os valores são mais elevados do que nas outras estações devido ao facto de esta ser o meio receptor de descargas industriais e urbanas.
Não é visível qualquer incremento nos poluentes analisados relativamente ao período de referência (um ano antes da entrada em funcionamento da CVE).
Âmbito
Monitorização biológica nomeadamente ao nível do ambiente terrestre (ex: flora epifítica, aves) e estuarino (ex: fitoplâncton, macroinvertebrados e ictiofauna).
Entidade Responsável
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
Conclusões Gerais
Não se observaram nos grandes descritores variações significativas ao longo do tempo.
Verificaram-se, ao longo dos vários anos de monitorização, alterações que dizem respeito a factores externos à atividade da Valorsul, salientando-se a título de exemplo, as variações provocadas pelas condições climatéricas naturais implicando no desenvolvimento e atividade das várias espécies/factores avaliados.
Âmbito
Monitorização e vigilância da saúde humana na envolvente da Central de Valorização Energética (CVE) com as vertentes de vigilância biológica e de vigilância de efeitos adversos, e avaliação de uma série de indicadores psicossociais como a atitude dos residentes perante a Central de Valorização Energética (CVE).
Entidade Responsável
Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa
Conclusões Gerais
Os resultados globais sugerem um efetivo controlo da exposição tanto a metais pesados como a dioxinas, conforme avaliada pela biomonitorização humana destes poluentes nos grupos de estudo (população geral, puérperas e crianças). As comparações entre os grupos potencialmente exposto e de controlo não evidenciaram, em geral, diferenças com significado estatístico.
Nota: Em 2021, os Programas de Monitorização Psicossocial e de Vigilância da Saúde Pública foram integrados no Programa de Monitorização da Saúde Pública e Psicossocial.
Âmbito
Avaliação de uma série de indicadores psicossociais como a atitude dos residentes perante a Central de Valorização Energética (CVE).
Entidade Responsável
Q-Metrics (desde 2015).
Conclusões Gerais
Os resultados da monitorização psicossocial ao longo dos últimos anos indicam que, aparentemente, não existem perturbações na população, pois os níveis de incómodo e de perceção de risco são baixos. Verifica-se uma neutralidade positiva na atitude dos residentes perante a Central.
Nota 1: A Monitorização Psicossocial passou a ter frequência bienal em 2015.
Nota 2: Em 2021, os Programas de Monitorização Psicossocial e de Vigilância da Saúde Pública foram integrados no Programa de Monitorização da Saúde Pública e Psicossocial.
Comissão de Acompanhamento Local da Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU)
Tem responsabilidade de acompanhar o desempenho ambiental das atividades desenvolvidas nas instalações de incineração da Valorsul, e é liderada pela Câmara Municipal de Loures. Esta Comissão foi criada em 2011, através do Despacho n.º 10682/2011 publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 164, de 26 de agosto de 2011. Este despacho revogou o Despacho n.º 16111/99, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 193, de 19 de agosto de 1999, data de criação da anterior comissão de acompanhamento desta instalação.
Esta comissão é constituída pelos seguintes elementos:
Nota: a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU) passou a ser designada como Central de Valorização Energética (CVE) nos suportes de comunicação da empresa.